TJ-GO também afastou assessores da Comarca de Silvânia. Investigados são suspeitos de corrupção, uso de documentos falsos, fraude processual, lavagem de ativos e organização criminosa.
G1-Goiás
Juiz Adenito Francisco Mariano Júnior, titular da Comarca de Silvânia, Goiás — Foto: Reprodução/Google Street View e Site TJ-GO
O juiz Adenito Francisco Mariano Júnior, titular da Comarca de Silvânia, foi afastado do cargo e terá que usar tornozeleira eletrônica, por ser investigado em uma operação do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). O magistrado, assessores, advogados e um contador, são suspeitos de corrupção ativa e passiva, uso de documentos falsos, fraude processual, lavagem de ativos e organização criminosa.
A operação foi deflagrada nesta terça-feira (13). A decisão judicial, feita pela Desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, também determinou que os outros suspeitos usem tornozeleira eletrônica e autorizou a realização de buscas e apreensões no gabinete do juiz, em residências e escritórios, além da decretação de indisponibilidade de bens.
Em nota, a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) ressaltou que acredita no curso das investigações para apurar os fatos e afirmou que é assegurado ao juiz, como cidadão, a oportunidade de apresentar o contraditório
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) informou que acompanhou a Operação “Dura Lex, Sed Lex” para garantir os direitos, prerrogativas e o respeito ao contraditório e à presunção de inocência dos advogados envolvidos.
O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO) informou que não foi comunicado de qualquer prisão ou indiciamento de profissional da contabilidade que possa estar envolvido na operação. Caso algum contador registrado seja indiciado, o Conselho tomará todas as medidas cabíveis e abrirá Processo Ético-disciplinar contra o profissional, segundo o CRC-GO.
A operação
A investigação começou a partir de apurações feitas pela Corregedoria-Geral da Justiça, em parceria com o Núcleo de Inteligência do TJ-GO, após a recepção de denúncias sobre a atuação do juiz Adenito Francisco no âmbito de um inquérito judicial instaurado pelo próprio Tribunal de Justiça.
As diligências investigativas foram conduzidas pela Polícia Civil e pela Procuradoria-Geral de Justiça, com autorização do Poder Judiciário. A operação foi acompanhada por magistrados auxiliares da Presidência e da Corregedoria-Geral da Justiça do Tribunal, além de integrantes do Ministério Público, da Polícia Civil e da Comissão de Prerrogativas da OAB-GO.
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