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Jovem é preso suspeito de pedir dinheiro de resgate para mãe de rapaz que já tinha sido morto

Mulher pagou R$ 1,7 mil na esperança de ter o filho de volta, segundo a polícia. Delegado detalhou que jovem foi assassinado em Goiânia.


G1-Goiás

Jovem é preso suspeito de pedir dinheiro de resgate para mãe de rapaz que já tinha sido assassinado em Goiânia Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil



Um jovem de 27 anos foi preso suspeito de extorquir a mãe de Pedro Moreira da Silva Neto, de 23 anos, que foi assassinado em Goiânia. De acordo com o delegado Daniel Marcelino, do Grupo Antissequestro da Polícia Civil, a vítima foi sequestrada, morta, mas mesmo assim o investigado pediu dinheiro para um suposto resgate.


“Se ele está ligado à parte de execução, ele teria ciência de que a vítima estaria morta. Se ele não está ligado [ao assassinato], ele teve essa informação e aproveitou da fragilidade da mãe da vítima para tentar ganhar uma vantagem, o que demonstra uma insensibilidade fora do comum”, descreveu o delegado.


O delegado informou que o suspeito ficou em silêncio durante a prisão. O nome dele não foi divulgado, por isso o g1 não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.


O crime aconteceu em julho do ano passado, mas a prisão do jovem foi feita na última segunda-feira (23), em um prédio no Jardim Goiás. O delegado detalhou que a mulher pagou R$ 1,7 mil para o suspeito na esperança de ter o filho de volta. Daniel pontuou em que a forma em que a vítima foi assassinada chamou a atenção da polícia.


Crime e investigação

A investigação mostrou que, no dia 26 de junho do ano passado, Pedro entrou em contato com a mãe e pediu R$ 2 mil reais, porque teria sido sequestrado. Em 15 de julho, a mãe dele recebeu novas mensagens que exigiam R$ 3 mil para libertar o rapaz.


Nas mensagens enviadas no dia 15, dessa vez o mandadas pelo suspeito, o investigado alegou que o valor correspondia a uma suposta dívida da compra de drogas. Após os pedidos, a mulher fez duas transferências, uma de R$ 1mil e a segunda de R$ 700.


O corpo de Pedro foi encontrado carbonizado, no dia 28 de junho, no Setor Parque Oeste Industrial, mas a identificação foi feita apenas em agosto. Segundo o delegado, na época em que o corpo foi encontrado, a mãe do jovem ainda não havia denunciado o desaparecimento do filho.


Prisões e motivação

De acordo com o delegado, no ano passado, seis pessoas foram presas suspeitas de matar Pedro. À polícia, o grupo alegou que o rapaz foi morto por dívidas de drogas. Nesta etapa, a investigação foi dividida com a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios.

“Eles alegaram que ele foi ao local, usou e não pagou as drogas, parece que teve também uma relação com garotas de programas e mataram por essa dívida”, pontuou.


Linhas de investigação

O delegado narrou que o jovem que foi preso na última segunda-feira foi o responsável por mandar mensagens à mãe da vitima. Após investigação, o a polícia comprovou que o número utilizado para pedir o resgate por mensagens pertence ao investigado.


No entanto, ainda não há a confirmação da relação direta do preso com o assassinato, o que pode mudar a pena, em caso de condenação.

“Se não tiver ligado ao homicídio, vai responder por extorsão, com até 15 anos de prisão. Se tiver ligado, pode responder por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos”, falou.

Conforme divulgado pelo delegado, a investigação ainda deve apurar se mais pessoas estão envolvidas na extorsão.

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