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Israel aperta cerco na Faixa de Gaza e prepara início de operação por ‘terra, mar e ar’

No oitavo dia de guerra, país prepara uma ampla ofensiva com o intuito de chegar ‘ao coração de Gaza’; incursão terrestre teve seu início ainda enquanto os palestinos cumpriam o ultimato para deixar a porção norte da região em 24 horas


Joven Pan

Soldados israelenses montados em tanques junto à fronteira com Gaza


Israel tem apertado o cerco militar contra a Faixa de Gaza uma semana após o ataque orquestrado pelo grupo palestino Hamas que deflagou a guerra na região.


De acordo com as declarações das Forças de Defesa de Israel, o país prepara uma ampla ofensiva por “terra, mar e ar”, com o intuito de chegar “ao coração de Gaza”.


A incursão terrestre teve seu início ainda enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, para que 1,1 milhão de pessoas deixassem a porção norte da região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) desta sexta-feira, 13, e foi estendido até a manhã deste sábado, 14.


Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra, que chegou ao seu oitavo e já deixou 3,5 mil mortos entre israelenses e palestinos.


Em Gaza, mais de 700 crianças morreram, conforme informou o Unicef (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância).


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu com soldados na fronteira de Gaza, neste sábado, 14, e disse que as forças israelenses estão “todas prontas”, em meio à expectativa de início do ataque terrestre na região.


“Vocês estão prontos para o que está por vir? Isso vai continuar”, proclamou o líder israelense aos soldados destacados em frente à Faixa de Gaza, palco de bombardeios israelenses há uma semana.


Mais cedo, Netanyahu visitou as comunidades de Be’eri e Kfar Aza, ambas invadidas durante o sanguinário ataque do grupo terrorista no último sábado. Também neste sábado, as Forças de Defesa de Israel confirmaram a morte de dois líderes do Hamas que seriam responsáveis por coordenar os ataques que deflagraram a guerra.


Um deles era Ali Qadhi, de 37 anos, comandante da unidade Nukhba, espécie de divisão de elite do Hamas, foi morto em um ataque de drone após esforços de inteligência da agência de segurança Shin Bet e da Diretoria de Inteligência Militar.


Qadhi foi preso por Israel em 2005 por sequestro e assassinato de civis israelenses e foi libertado na Faixa de Gaza como parte da troca de prisioneiros para libertar o soldado Gilad Shalit, em 2011, que foi feito de refém pelo Hamas.


A outra morte confirmada entre lideres do Hamas foi do principal comandante da força aérea do grupo terrorista, Merad Abu Merad, que também vinha sendo apontado como um dos responsáveis ​​por dirigir o ataque a civis de Israel.

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