Pelo menos seis pessoas, entre pilotos, instrutores de voo e outro funcionário, denunciaram Renato Franco por importunação sexual. Defesa explicou que ele não está preso e que 'está sendo injustamente acusado'.
G1-Goiás
Renato Franco, réu pelo crime de importunação sexual, em Anápolis — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um instrutor de voo é acusado de importunação sexual contra funcionários de uma escola de aviação em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com a denúncia do Ministério Público, durante a investigação do caso pela polícia, pelo menos seis pessoas, entre pilotos, instrutores de voo e outro funcionário, denunciaram Renato Barroso Franco pelo crime.
Os crimes, segundo a denúncia do MP, ocorreram de novembro de 2021 até maio de 2023. Esse documento narra que, entre os crimes, o acusado teria, sem consentimento, beijado ou tentado beijar vítimas, tocado ou tentado tocá-las em órgãos genitais ou em outras partes do corpo e ainda dito frases de cunho sexual.
À reportagem, a defesa do instrutor, representada pelo advogado Douglas Rodrigues, afirmou que Renato não está preso e que está sendo “injustamente acusado pelo crime” de importunação sexual
Já a escola de aviação publicou uma nota nas redes sociais que, “ao tomar conhecimento dos comportamentos inadequados, ele foi imediatamente afastado”. Ainda informou que nenhum dos alunos da escola foi envolvido nos casos.
Importunação sexual
O inquérito policial do caso começou no dia 30 de maio de 2023. Após investigação, o delegado Ariel Oliveira Martins indiciou o instrutor por importunação sexual no dia 1º de agosto do mesmo ano. Em seguida, ele foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes realizados contra pelo menos seis pessoas.
Segundo a denúncia do MP, Renato teria se aproveitado da influência que tinha no trabalho para importunar sexualmente os colegas.
A denúncia do Ministério Público foi recebida pela Justiça de Goiás em novembro de 2023, tornando Renato réu por importunação sexual.
Quem é Renato
Renato Franco nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, e tem 44 anos. Atualmente, ele mora em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Durante depoimento à Polícia Civil, Renato Franco informou ser piloto de aviação civil desde o ano de 2000.
O Ministério Público ainda explicou que ele trabalhava na escola em que teria cometido os crimes desde 2019. A denúncia também explicou que o réu tinha "grande influência e prestígio no local de trabalho, devido aos vários anos de exercício da profissão”.
Nota da defesa de Renato na íntegra:
"O Renato não foi preso, não está e não será. Ele está sendo injustamente acusado tão somente pelo crime tipificado no artigo 215-A do código penal (importunação sexual). Ele é um cidadão de bem, honesto e trabalhador e sua inocência será provada no curso da ação penal."
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