A partir de 1º de fevereiro, motoristas brasileiros enfrentarão um aumento no preço da gasolina e do diesel nos postos devido a uma mudança nos valores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Olha Goiás

A medida, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em novembro de 2024, afeta todos os estados do país. O ICMS da gasolina terá um acréscimo de R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,47, uma alta de 7,14%.
Já o diesel e o biodiesel sofrerão aumento de 5,31%, com o tributo subindo de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, conforme anunciado pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsetaz).
Os ajustes nos impostos, segundo o Comsetaz, visam garantir um sistema fiscal mais equilibrado, estável e transparente, além de buscar maior justiça tributária em resposta às flutuações do mercado. No entanto, o impacto será sentido diretamente pelos consumidores, que já convivem com altas constantes nos preços dos combustíveis.
A alteração acontece em um cenário de pressão sobre a Petrobras, cuja política de preços tem sido alvo de críticas. Enquanto os tributos aumentam internamente, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que os valores da gasolina e do diesel no Brasil estão defasados em relação ao mercado internacional, com diferenças médias de R$ 0,85 para o diesel e R$ 0,37 para a gasolina.
Esse descompasso entre os preços internos e externos tem gerado debates sobre a necessidade de novos reajustes, mesmo após a alta dos impostos.
A Petrobras, que recentemente foi criticada pela falta de alinhamento com o mercado global, ainda não anunciou mudanças em sua política de preços, mas especialistas alertam que as alterações no ICMS podem ampliar o impacto econômico para motoristas e transportadores, além de aumentar a pressão inflacionária nos próximos meses.
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