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Gripe aviária: confirmação do primeiro caso em Goiás coloca municípios e Estado em alerta

Amma e Agrodefesa alertam sobre os riscos de ter contato com aves. Primeiro caso foi confirmado em Santo Antônio da Barra após 100 galinhas morrerem




Jornal Opção

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A confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em Goiás, levantou o alerta sobre os riscos de ter contato ou manipular aves, especialmente as que apresentam sinais de adoecimento. A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Goiânia orienta acionar a equipe de resgate de fauna do órgão e aguardar a chegada dos profissionais, sem ter qualquer tipo de contato com os animais.


Nos casos em que a ave apresentar sintomas suspeitos, a orientação é registrar vídeos e enviar para a própria Amma ou ao Serviço Veterinário Estadual (SVE). O material será avaliado pela equipe técnica da Amma e, se necessário, encaminhado ao SVE para diagnóstico e medidas de contenção.


A manipulação das aves só deve ser feita por profissionais com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A gripe aviária é uma zoonose de alta preocupação sanitária, capaz de afetar aves e seres humanos, de acordo com a Amma.


Governo intensifica ações 


Buscando evitar a disseminação da doença, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensificou as ações de contenção e erradicação do foco da gripe aviária confirmada em Santo Antônio da Barra, no sudoeste goiano. As medidas incluem a criação do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), atuação de equipes de campo em cerca de 180 propriedades, instalação de barreiras sanitárias, restrição ao trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, além da suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas na região afetada.


O foco foi confirmado na última sexta-feira, 13, em aves de subsistência, após análise realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Agrodefesa publicou a portaria, instituindo o Coezoo para coordenar as ações locais. Segundo o presidente do órgão, José Ricardo Caixeta, o centro permite uma atuação mais ágil e integrada, reunindo profissionais das áreas de sanidade animal, logística, planejamento e fiscalização. 


“Mesmo sendo um caso em aves de subsistência, sem impacto comercial direto, estamos atuando com rigor técnico e seriedade para evitar qualquer risco de disseminação”, afirma.

Foram estabelecidas duas zonas de atuação para vigilância ativa: uma perifocal, com raio de 3 quilômetros, e outra de vigilância, com raio de 7 quilômetros. Dentro deste perímetro, as equipes da Agrodefesa e de parceiros estão realizando inspeções sanitárias e orientação aos criadores, com o objetivo de detectar precocemente qualquer nova ocorrência e impedir a propagação do vírus.


As medidas incluem ainda o monitoramento rigoroso do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, com restrição de movimentações, reforço das barreiras sanitárias e suspensão de feiras e exposições de aves vivas. Segundo o coordenador do Coezoo, Rafael Vieira, todas as ações seguem os protocolos nacionais e internacionais previstos no Plano de Contingência da Influenza Aviária. 


“As equipes de campo estão fazendo levantamento completo na área afetada, coleta de amostras e orientação aos criadores”, explica Rafael, que também é diretor de defesa agropecuária da Agrodefesa.


O caso teve início no dia 9 de junho, quando o órgão foi notificado sobre a morte de cerca de 100 galinhas em uma pequena propriedade rural. Os animais apresentaram sinais como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarréia e edema de face. O local foi interditado.

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