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Grêmio prevê mais de mês sem mandar jogos na Arena e e não cogita sair do RS neste momento

Clubes gaúchos tiveram jogos adiados pela CBF por 20 dias, mas Alberto Guerra projeta período maior sem condições de receber partidas em Porto Alegre


GE

Arena do Grêmio completamente alagada pelas chuvas em Porto Alegre — Foto: Reuters



O Rio Grande do Sul está longe de pensar em futebol neste momento. As enchentes que atingem o estado afetaram diretamente os clubes gaúchos, que tiveram jogos adiados pela CBF pelos próximos 20 dias. O Grêmio, por exemplo, projeta que não conseguirá mandar jogos na Arena por pelo menos um mês e não cogita sair do Rio Grande do Sul neste momento.


O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, não sabe precisar quando os times poderão retomar as atividades. Mas citou que, a curto prazo, não há possibilidade. O dirigente concedeu entrevista ao programa Tá na Área, do sportv, onde afirmou que Brasileirão deveria ser paralisado.


– Num espaço curto, 10, 15, 20 dias, não tem como pensar em futebol. Depois vamos ver as condições de estádios, não acredito que na Arena e no Beira-Rio vamos conseguir mandar jogos em menos de um mês. O aeroporto já está fechado até dia 30, e há informações que pode ir mais longe que isso. Pontes que ligam a cidade destruídas. Como vão chegar aqui, como vamos sair? É o que estamos vivendo, um dia depois do outro – disse Guerra.


Alguns clubes de outras regiões do país disponibilizaram os CTs e estádios para que os times gaúcho possam treinar e realizar as partidas, caso optassem. O presidente gremista destacou o carinho recebido, mas que o momento agora é o outro pela realidade que vive o estado gaúcho.


– Vários clubes me ligaram oferecendo suas instalações e eu agradeço, sei do carinho e que são sinceros, mas não é o momento. Momento é de sobrevivência, talvez lá em junho possa ser útil. Agora temos que salvar o próximo, esse é o modo que estamos trabalhando e que gostaríamos de passar em rede nacional – declarou.


Diante de um cenário inédito, com o CT Luiz Carvalho e Arena alagados, o Grêmio ainda prioriza o suporte a funcionários vítimas das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. No futebol, a direção ainda debate os próximos passos, mas sair do estado não é uma alternativa no momento.


Por enquanto, o clube segue com acompanhamento remoto do Departamento de Ciência, Saúde e Performance junto com os atletas. Mesmo a distância, os jogadores têm recebido orientações de treinos físicos.


Enquanto isso, alguns jogadores têm participado ativamente de auxílio à população vitimada pelas enchentes. O goleiro Caíque e o centroavante Diego Costa, por exemplo, ajudam no resgate de pessoas ilhadas na Zona Norte de Porto Alegre e em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana.

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