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Goiás larga na frente no combate ao bullying nas escolas

A rede estadual de educação implantou o programa Ouvir e Acolher que presta atendimento psicossocial e já impactou mais de 400 mil pessoas.





Entrelinhas




Neste domingo, 7 de abril, o Brasil destaca o Dia Nacional Contra o Bullying e à Violência na Escola. A data foi escolhida para promover uma conscientização da sociedade e enfatizar o papel de cada um no combate ao bullying.


Em Goiás, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) conta desde o início do ano com o programa Ouvir e Acolher para prestar atendimento psicossocial no âmbito escolar e criar um ambiente mais acolhedor nas unidades de ensino. Até o momento, mais de 400 mil pessoas já foram impactadas.


“Escola não é só ensinar português e matemática. Depois da família, a escola é o primeiro instrumento de proteção social e garantia de direitos da criança e do adolescente”, explica Arthur Moreira, coordenador psicossocial do Instituto Hortense.


A instituição é responsável por formar e capacitar profissionais na área da psicologia escolar e assistência social, através da metodologia aplicada, a EAI Educa (Emoção, Aprendizagem e Inteligência), para atender alunos e professores da rede estadual de ensino.


Pensar diferente


O programa começou a ser implementado em agosto de 2023 em Goiás e tem trabalhado para colocar a educação a nível de igualdade.


“O foco da campanha contra o bullying não é desmoralizar ou moralizar alguém, nem apontar culpados, mas mostrar que é possível pensar diferente. O ambiente escolar não é alheio à vida. O aluno chega na escola atravessado de coisas que traz de casa, da família, da cultura e da religião”, pontua Arthur.


Com a Lei nº 13.935/2019, a prestação dos serviços de psicologia e de serviço social passou a ser obrigatório nas redes públicas de educação básica. Em Goiás, as ações são divididas em Coordenações Regionais de Educação: Central, Leste, Noroeste, Norte, Sudoeste e Sul.


De acordo com a SEDUC, todas as unidades de ensino do estado já foram atendidas pelo programa, que tem se destacado como uma importante ferramenta de transformação na educação.


Henrique Garcia também é coordenador psicossocial do Programa Ouvir e Acolher e fala sobre a importância do apoio psicológico aos alunos: “Um dos grandes pesos da educação é a escola ter que acolher essas demandas sociais. É o que faz o professor adoecer e não conseguir focar no principal objeto pedagógico, que é o ensinar e fazer o aluno aprender. O programa traz uma equipe multiprofissional que a educação carecia há muitos anos”.


Cyberbullying


Com a pandemia e o consequente aceleramento dos avanços tecnológicos, os casos de bullying no ambiente virtual cresceram em todo o país. Um em cada seis jovens de 11 a 15 anos sofreu cyberbullying em 2022, segundo apontou um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).


A pesquisa, realizada com 279 mil crianças e adolescentes de 44 países da Europa, Ásia Central e Canadá, concluiu que a pandemia acentuou a violência entre colegas na internet. E esta prática no mundo virtual acaba reverberando e tendo consequências no ambiente escolar.

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