GO: Pastor finge ser adolescente para assediar criança e quase é linchado por populares

Fingindo ser um adolescente de 14 anos, o pastor enviava mensagens de teor sexual para uma criança de 10 anos

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Um pastor evangélico de 53 anos fingiu ser um adolescente para assediar uma criança de 10 anos e quase foi linchado por populares de Valparaíso de Goiás, na última quarta-feira (22/1). O homem praticava o assédio em um grupo de mensagens. O crime provocou indignação entre os moradores, que tentaram fazer justiça com as próprias mãos. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) precisou ser acionada para controlar a situação.

Conforme apuração preliminar, o suspeito se apresentava como um adolescente de 14 anos para manter contato com a criança e outros menores de idade. A aproximação ocorreu por meio de um grupo de WhatsApp criado por uma jovem que conhecia a vítima.

Foi nesse ambiente virtual que as mensagens entre suspeito e vítima foram trocadas.

A mãe da menina, que costuma monitorar o uso do celular da filha, conseguiu acessar o conteúdo das conversas após recuperar mensagens apagadas. Nas interações, o pastor teria usado linguagens inadequadas e feito insinuações de cunho sexual.

Depois de encontrar as mensagens, a mãe denunciou o caso à Polícia, ainda em dezembro do ano passado. Moradores da região descobriram sobre o ocorrido e, indignados, tentaram linchar o pastor. Ele fugiu e buscou refúgio em uma igreja no bairro Cidade Jardins. Quando os policiais chegaram ao local, o suspeito já havia deixado a área.

Conforme a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Valparaíso, além das mensagens e do assédio contra a criança de 10 anos, o pastor é investigado por outros crimes, como aliciamento de menores e importunação sexual. A polícia também apura a possível produção de materiais ilegais envolvendo crianças.

A Deam informou que os detalhes do caso permanecem sob sigilo para proteger as vítimas e não comprometer as investigações. A polícia solicita que outras possíveis vítimas ou testemunhas procurem a delegacia para prestar depoimentos que possam ajudar na elucidação dos fatos. O paradeiro do pastor ainda é desconhecido, e as investigações continuam.