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FIA inicia análise após mal-estar de pilotos no GP do Catar de F1

Globo Esporte


Após diversos pilotos relatarem mal-estar devido ao forte calor durante o GP do Catar, 17ª etapa da F1 2023, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) prometeu investigar formas de atenuar o desafio físico extremo para etapas futuras. Na vitória de Max Verstappen, Logan Sargeant abandonou com sintomas de desidratação severa; Esteban Ocon relatou ter vomitado dentro do capacete na 15ª de 57 voltas em Lusail.

- A FIA nota com preocupação que as extremas temperatura e umidade durante o GP do Catar de F1 2023 tenham impactado o bem-estar dos pilotos. Enquanto atletas de elite, não deveríamos esperar que eles competissem sob condições que podem prejudicar sua saúde ou segurança. A operação segura dos carros é, a todo tempo, responsabilidade dos competidores (times). Entretanto, em outros aspectos relacionados a segurança como estrutura do circuito e requisitos de segurança dos carros, a FIA vai tomar todas as medidas razoáveis para estabelecer e comunicar parâmetros aceitáveis nos quais as competições são disputadas - diz trecho da nota.

Segundo a FIA, a corrida catari será discutida na próxima reunião do conselho médico da entidade, em Paris (França). Dentre os tópicos discutidos estarão medidas como pesquisas por um fluxo de ar mais eficiente dentro do cockpit, assim como recomendações para mudanças no calendário. A atual montagem do cronograma da F1 esbarra em questões logísticas, sustentáveis e até feriados nacionais, além de questões climáticas nas cidades-sede dos GPs.

A entidade reforça que a próxima edição do GP do Catar, em 2024, será disputada no fim de novembro, no dia 29 - época em que as temperaturas no país já estão mais baixas devido à proximidade do inverno no hemisfério norte. Mesmo assim, a FIA alega preferir "agir agora para evitar uma repetição desse cenário".

Diversos pilotos apontaram sintomas de mal-estar durante ou após a corrida em Lusail. Além de Sargeant e Ocon, Lance Stroll e Lando Norris relataram perda momentânea de consciência. O tricampeão Verstappen relembrou que alguns pilotos deitaram no chão após a conclusão da prova: é o caso do segundo colocado Oscar Piastri, que se refrescou com uma garrafa d'água na nuca assim que estacionou no parque fechado.

- Essas temperaturas... tudo ficava borrado, nas curvas de alta velocidade estávamos quase desmaiando. A pressão ficando baixa. Com a força G nas curvas de alta, nas últimas 20 voltas já não dava pra enxergar mais nada, porque era como se perdêssemos a consciência nesses trechos - disse Stroll, que recebeu atendimento em uma ambulância.

Durante a corrida, Fernando Alonso também se queixou do superaquecimento do assento do AMR23, mas a Aston Martin não pôde ajudar o espanhol. Por algumas vezes, George Russell tirou as mãos do volante em busca de uma brisa refrescante nas luvas.

A F1 2023 retorna entre os dias 20 e 22 de outubro para o GP dos Estados Unidos (Austin, Texas), que marca o início de uma rodada tripla nas Américas.

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