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Ferrugem-asiática dispara 234% na safra 23/24 de soja

Dados do Consórcio Antiferrugem comparam média de incidência das últimas cinco safras com a atual. Especialista dá dicas de combate


Canal Rural




Nas últimas cinco safras, a média de casos de ferrugem-asiática nas lavouras de soja registradas até o dia 20 de dezembro foi de 33. Nesta temporada 2023/24, já são 111. Com isso, as ocorrências da pior doença a afetar a cultura estão 234% superiores agora.


Os dados são provenientes do Consórcio Antiferrugem, iniciativa liderada pela Embrapa Soja. De acordo com a instituição, esse aumento vertiginoso se deve ao fato de a região Sul do país ter tido um inverno menos rigoroso, favorecendo a emergência da soja voluntária, que já estava com inóculos do fungo.


A concentração de casos nos três estados da região justificam a explicação:


  • 83 registros no Paraná;

  • 17 no Rio Grande do Sul;

  • 4 em Santa Catarina.


Também já foram reportados três casos em São Paulo, dois em Minas Gerais e dois em Mato Grosso do Sul.


Cenário propício à ferrugem


A maior distribuição de chuvas, intercaladas com veranicos, efeitos do fenômeno climático El Niño, tem dificultado o estabelecimento da soja, com atraso no plantio e necessidade de replantios em diversos locais, como em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa.


Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de portfólio nacional de fungicidas para soja na Bayer, Carlos Toscano, esse cenário se torna muito propício para a ocorrência da ferrugem asiática.


“É a doença mais agressiva que temos na cultura da soja, podendo ocasionar perdas de até 90% caso não seja controlada. Nesta safra já temos relatos da ocorrência dos sintomas da doença de forma muito precoce nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e em países vizinhos como Paraguai e Bolívia”, afirma.

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