Desde o anúncio de Hamilton na Ferrari, bastidores da F1 vivem agitação por confirmação de substituto na Mercedes
Metrópoles
A ida de Lewis Hamilton para a Ferrari em 2025 causa movimentações nos bastidores da Fórmula 1 desde o seu anúncio oficial. Uma das principais dúvidas é quem vai substituir o inglês na Mercedes. O posto do futuro companheiro de George Russell tem grandes chances de ser do bicampeão mundial Fernando Alonso.
Atualmente na Aston Martin, o piloto espanhol até já deu indícios de que, caso continuasse na modalidade, renovaria com a escuderia. Aso 42 anos, contudo, a aproximação do piloto com a Mercedes pode fazer com que ele mude de planos. As especulações já aconteciam desde o anúncio da Ferrari sobre Hamilton, mas ganharam força nos últimos dias na imprensa espanhola, com repercussão em grandes veículos como Marca, As e La Razón.
Entretanto, a única certeza até o momento é da permanência de Russell na escuderia. O inglês de 26 anos revelou que as conversas com o diretor-executivo da Mercedes, Toto Wolff, sobre o substituto de Hamilton começaram ainda antes do anúncio oficial da Ferrari.
Ele confessou até ver chamadas de candidatos em lista do telefone do chefe, o que definiu como “muito divertido”. Nomes não são citados, mas o piloto elabora os critérios que gosta de considerar. “Creio que para qualquer equipe é importante ter uma boa harmonia entre os pilotos, porque isso afeta a todos os engenheiros e toda a equipe”, comentou.
Russell deixa claro que a decisão cabe a Toto Wollf e aos demais dirigentes da Mercedes.
Alonso é amigo do britânico fora das pistas. Os dois viajam juntos entre as corridas e postam vídeos e fotos lado a lado. Por outro lado, a ida de Fernando Alonso para a Mercedes implicaria em uma mudança de rota no que o próprio piloto já apontou como destino e relação com a equipe atual, a Aston Martin. “Temos construído muito juntos e acredito nesta equipe”, declarou Alonso.
Uma possibilidade entre as promessas do automobilismo é Andrea Kimi Antonelli. O italiano de 17 anos integra o programa de desenvolvimento da Mercedes e disputa atualmente a Fórmula 2. Russell, então, assumiria a função de piloto mais experiente da dupla.
“Pessoalmente, estou em uma excelente posição para impulsionar a equipe daqui pra frente e no próximo capítulo”, avalia o inglês, que fará 27 anos em 2025. Por outro lado, ele está apenas no quinto ano de Fórmula 1, sendo o terceiro na Mercedes. A chegada de Alonso seria a forma de a Mercedes formar uma equipe mais forte em experiência.
Russell parece confortável em qualquer uma das situações. Recentemente, até mesmo a “porta aberta” por Wolff para Max Verstappen não o intimidou. “Tenho sido companheiro de quem possivelmente seja o melhor piloto de todos os tempos (Hamilton) e não me preocupa quem vai alinhar ao meu lado”, declarou.
O ex-piloto e atual comentarista Mike Hezemans analisa que os movimentos de Alonso em colocar como dúvida a aposentadoria são um recado à Mercedes. “Acho que ele quer pilotar uma Mercedes no ano que vem. É por isso que ele vai dizer: ‘Ainda não sei se quero continuar’. Ele faz isso para que a Mercedes pense: ‘Se pegarmos Alonso, ele vai querer um contrato de vários anos'”, disse Hezemans.
A ida de Hamilton para a Ferrari já implica também na saída de Carlos Sainz, que deve rumar para a Mclaren. Enquanto isso, a Red Bull até viu alguma chance de perder Max Verstappen, mas o holandês deve continuar na equipe. Vertappen lidera o campeonato de pilotos de 2024. A Fórmula 1 volta com o GP da Austrália, em Melbourne, no fim de semana.
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