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Esquema milionário de corrupção em Formosa envolve ex e atual prefeitos, diz MP

Secretários e procurador também são investigados por cobrar 20% de propina em cima de contratos de licitação



Jornal Opção

Atual prefeito Gustavo e ex-prefeito Ernesto | Foto: Reprodução



Uma investigação que perdurou por mais de um ano, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), desvendou um sofisticado esquema de desvio milionário de recursos públicos e corrupção que permeou a Prefeitura Municipal de Formosa. O período abrangido pela fraude compreende a gestão de 2017 a 2019, sob a administração do ex-prefeito Ernesto Guimarães Roller, estendendo-se até a atual administração, de 2020 a 2024, liderada pelo prefeito Gustavo Marques de Oliveira.


Os investigados cobravam propinas de 20% sob contratos de licitação milionários firmados com empresas terceirizadas, conforme o MP. Apenas um dos documentos chega a R$ 7 milhões. O órgão trabalha para calcular o valor desviado no decorrer de sete anos.


A participação ilícita do ex-prefeito e ex-secretário de Estado Ernesto, juntamente com seus ex-secretários de finanças, Luis Gustavo Nunes Araújo, mais conhecido como “Guto Araújo”, e de obras, Jorge Saad Neto, em atos de corrupção e peculato, está sendo alvo de uma ação penal em trâmite na Vara do Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro em Goiânia.


O atual prefeito Gustavo, bem como os secretário de obras, Elmon Abadio de Oliveira, e de administração, Antônio Alves de Freitas Júnior, também estão sob escrutínio, sendo objeto de um procedimento criminal que segue em análise no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).


Procurador afastado 


Ainda de acordo com o MP, o procurador municipal e advogado, Leonardo Cândido Martins Bonini, tornou-se réu no processo criminal, sendo afastado das funções na Procuradoria por meio de decreto do Poder Judiciário. Ele foi proibido de deixar a cidade de Formosa e de acessar as dependências da prefeitura sem autorização judicial, sob pena de prisão em caso de descumprimento. 


O advogado também não deve manter contato com os demais investigados, que cobravam 20% de propina. A delação premiada de empresários e ex-servidores públicos municipais foi crucial para desentranhar os detalhes do esquema.


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