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Escândalo dos diplomas fakes em Anápolis está longe do fim e pelo menos outras 30 pessoas devem ser indiciadas

Rede criminosa, que já implicou pastores ligados a grupos religiosos e políticos locais, pode ter servido como atalho ilegal para ingresso em empregos, concursos e promoções





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O escândalo dos diplomas falsos em Anápolis, que envolve os pastores Samuel Vieira Soares, Dennis Augusto Gonçalves e Lucas Amorim, ligados a grupos religiosos e políticos locais, ainda terá muitos desdobramentos. A informação foi adiantada pelo delegado Luiz Carlos Cruz, responsável pelo caso, em entrevista ao Manhã 105, da 105.7 FM, na última sexta-feira (22).


Segundo o investigador da Polícia Civil (PC), o Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) concluiu apenas o inquérito-mãe, reunindo provas contra os principais articuladores do esquema. Pelo menos outras 30 pessoas ainda devem ser indiciadas, conforme detalhado por Luiz Carlos Cruz.


“Como a gente trabalha com grandes associações e organizações [criminosas], é muito comum começar a investigação de um fato e se deparar com 100, 200 fatos. O inquérito-mãe foi concluído e agora vou instaurar dezenas de outros inquéritos para investigar cada compra e venda de diplomas”, explicou.



De acordo com o delegado, a prioridade agora é individualizar a conduta dos beneficiários para dar sequência às responsabilizações. “Ou seja, o inquérito-mãe foi concluído e agora eu vou instalar dezenas de outros inquéritos para investigar cada uma das compras e vendas desses diplomas e verificar se cada um desses compradores usaram esses diplomas, onde, como e quando usaram. Ou seja, vai vir aí mais uns 30 inquéritos para frente”, acrescentou.


As apurações indicam que os diplomas eram vendidos por valores entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil, variando conforme o curso escolhido, que ia desde o ensino médio até pós-graduações. Além de responderem pela compra de documento falso, a situação dos beneficiários pela fraude pode ser agravada caso tenham usado os diplomas para assumir cargos, conquistar promoções ou ingressar em concursos públicos.

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