Escândalo do INSS: Lupi arma defesa para tentar ficar na Previdência
- pereiraalves4
- 29 de abr.
- 2 min de leitura
Após a demissão de um aliado do INSS, ministro Carlos Lupi tem dado explicações e foi aconselhado a dar explicações para deputados
Metrópoles

Em meio ao escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Previdência, Carlos Lupi, armou sua defesa e tem resistido a pressões para tentar ficar no comando da pasta que chefia desde janeiro de 2023. A Operação Sem Desconto já resultou no afastamento e posterior demissão do cargo de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS. Stefanutto era uma indicação direta de Lupi.
Lupi chegou ao ministério do terceiro governo Lula (PT) como único representante do PDT, fiel aliado de governos petistas, e em uma pasta que já foi mais forte — o ministério já reuniu Trabalho e Emprego sob o mesmo guarda-chuva da Previdência.
Ainda nessa segunda-feira (28/4), Lupi falou a integrantes do Conselho Nacional da Previdência Social, ocasião em que colocou na mesa sua defesa. Ele reconheceu que “levou-se tempo demais” para a apuração do esquema, mas afirmou que sua pasta atuou de maneira “firme” para combater as fraudes.
Foi nesse mesmo conselho que, em junho de 2023, foi feito um alerta para a existência das fraudes. Em resposta às acusações de morosidade no início das investigações, Lupi disse que o INSS não é “um botequim de esquina” e lembrou que o instituto paga mais de 40 milhões de benefícios por mês e recebe mais de 1 milhão de pedidos por mês.
A farra dos descontos foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023, o que levou a Polícia Federal (PF) a deflagrar a operação na última quarta-feira (23/4) e instaurar o inquérito para investigar os descontos de mensalidade associativa feitos sem a autorização dos aposentados por entidades registradas em nome de laranjas.

.png)











Comentários