Empresário morto em pastelaria era alvo de operação que apura desvio de R$ 10 milhões da Saúde de Goiânia
- pereiraalves4
- há 3 horas
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Fabrício Brasil Lourenço era conselheiro administrativo da associação União Mais Saúde, uma das principais envolvidas na Operação Speedy Cash, deflagrada ano passado pela Polícia Civil
Jornal Opção

O empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, assassinado no último sábado, 4, em uma pastelaria do Bairro Feliz de Goiânia foi um dos alvos da operação “Speedy Cash” da Polícia Civil. A operação investigou o desvio de R$ 10 milhões da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Os investigadores do homicídio apontam que o empresário já vinha recebendo ameaças.
De acordo com o delegado, Vinícius Teles, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), os assassinos sabiam da rotina e estudaram os passos do empresário.
Além disso, havia indícios de que Fabrício Brasil Lourenço estava recebendo ameaças, pois tinha se mudado para um apartamento e adquirido um carro blindado. “Essa circunstância nos leva a crer, que ele estava se precavendo de algum atentado”, confirma.
A investigação do crime trabalha várias linhas de apuração, entre elas, essa de que o crime tenha relação com as ameaças que a vítima tenha recebido recentemente. Com os desdobramentos da Polícia Civil há a confirmação de que Fabrício Brasil estava sendo investigado em um esquema de desvio de R$ 10 milhões da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.
O nome dele está citado no inquérito da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor).
Fabrício Brasil Lourenço era conselheiro administrativo da associação União Mais Saúde, uma das principais envolvidas na Operação Speedy Cash, deflagrada em agosto do ano passado pela Polícia Civil.
A ação teve como alvos o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e o ex-secretário executivo, Quesede Ayres Henrique, suspeitos de desviar R$ 10 milhões dos cofres públicos por meio de um convênio firmado com a entidade.
Os investigadores apontaram que, após o pagamento, o presidente da União Mais Saúde, Marcus Vinícius Brasil Lourenço, transferiu cerca de R$ 6,4 milhões para uma empresa fornecedora de materiais hospitalares e repassou outros R$ 2,6 milhões para contas da própria associação.
Parte dos valores teria sido distribuída a outros investigados, entre eles Fabrício, que, segundo a PC, integrava o conselho administrativo do grupo.