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Empresária morre após fazer cirurgia plástica em Goiânia

Fábia Portilho era dona de um hotel em Goianésia. Familiares denunciam que houve negligência médica e falta de socorro; hospital e médico negam.



G1-Goiás

Empresária morre após fazer cirurgia plástica em Goiânia


Uma empresária morreu após fazer um procedimento estético em um hospital, em Goiânia. Fábia Portilho era dona de um hotel em Goianésia, no centro goiano, e, segundo a família, uma mulher forte. Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), ela morreu depois de realizar uma mamoplastia e uma lipoaspiração.


O médico Nelson Fernandes, que realizou a cirurgia plástica, lamentou a morte de Fábia e disse que os procedimentos foram realizadas sem intercorrências e queixas da paciente. Além disso, afirmou que prestou toda a assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas.


Em nota, o Hospital Unique, onde as cirurgias foram feitas, nega que houve negligência por parte da equipe médica, disse que informou a família sobre o quadro de saúde da paciente e que vai colaborar com a investigação.


A família de Fábia denunciou a morte dela à Polícia Civil (PC) na quarta-feira (8). Conforme relato do Boletim de Ocorrência, a empresária realizou as cirurgias plásticas na última sexta-feira (3). A prima de Fábia, Mariana Batista, disse que ela recebeu alta no último domingo (5), mas voltou ao hospital na manhã de terça-feira (7) com dores abdominais.


"Ela foi internada e fez exames de sangue. A família pediu uma tomografia, mas os médicos disseram que ela estava só com anemia e não precisava da tomografia, só bolsas de sangue", disse.


Conforme o relato da família à polícia, Fábia gritava de dor e, mesmo assim, os médicos de plantão e o que fez a cirurgia não a examinaram ou pediram a tomografia. "Ela só tomou as bolsas de sangue e, quando houve a troca de plantão, a médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)", afirmou a prima.


Mariana afirma que, neste momento, no início da noite, as equipes do hospital informaram que a unidade não tinha uma UTI e nem um aparelho para fazer a tomografia. Os médicos pediram o encaminhamento da Fábia para outro hospital, mas, preocupados, a família decidiu levar a empresária para uma unidade de saúde que eles confiavam mais.


"Ela chegou no hospital em choque e foi super bem atendida, porém, já estava com o pulmão comprometido por uma embolia e uma septicemia", contou Mariana.


Fábia morreu na noite de terça-feira, segundo a prima, por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo. "O médico não acompanhou a Fábia no outro hospital", disse. A família denuncia negligência médica e falta de socorro devido ao atendimento na terça-feira, que, segundo eles, demorou mais de 10 horas para encaminhar a paciente para outro hospital.


De acordo o boletim ocorrência, a polícia solicitou um exame cadavérico para verificar a causa da morte de Fábia.

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