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Em meio ao caos político, CBF tenta driblar restrições por convocação da seleção olímpica

Globo Esporte


O futuro político tem centralizado as pautas envolvendo a CBF, mas, no meio do turbilhão que envolve decisões na Justiça e uma eleição ainda sem data, há também futebol e uma pendência importante: a seleção olímpica.

A praticamente um mês do início do Pré-Olímpico, a expectativa é de que a convocação seja realizada por Ramon Menezes entre quarta e sexta-feira e as últimas semanas foram para espremer uma lista que sofre com a dificuldade para liberação de atletas. Com as Copas Africana e Asiática em paralelo, a CBF tem tido dificuldade nas tratativas com clubes europeus e a tendência é que a lista de jogadores para a competição na Venezuela seja predominantemente com quem atua no Brasil.

Por conta da obrigatoriedade de liberação de jogadores africanos e asiáticos com as principais ligas em atividade normal, os países sul-americanos têm recebido recusas nas consultas por seus jovens que atuam na Europa. O Pré-Olímpico, assim como a Olimpíada, não é Data Fifa. Desse jeito, a autoridade é total dos clubes sobre seus jogadores.

Jogadores da seleção brasileira comemoram a medalha de ouro no futebol dos Jogos de Concorrentes de peso por uma das duas vagas em Paris-2024, Argentina e Uruguai já divulgaram suas convocações sem a presença de europeus. O Brasil, por sinal, larga atrás não somente pelo "atraso" no chamado, mas também no tempo de preparação. Os uruguaios, campeões do mundo sub-20, por exemplo, já iniciaram os treinamentos desde o último dia 11 sob o comando do treinador da seleção principal, Marcelo Bielsa.

Os episódios que tumultuaram o dia a dia na CBF nas últimas semanas fizeram com que Branco, coordenador de seleções, e Ramon Menezes, treinador da olímpico, seguissem por conta própria o planejamento visado o Pré-Olímpico. Isso porque a entidade entrou em recesso após o último dia 7 e em seguida teve a destituição do presidente Ednaldo Rodrigues por decisão da Justiça.

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Nomeado interventor, José Perdiz, presidente do STJD, fez contato com o coordenador na última semana para tranquilizar que a CBF dará todo respaldo no período de preparação para a disputa na Venezuela. A Fifa e a Conmebol, por outro lado, se manifestaram dizendo que não reconhecem Perdiz como autoridade da confederação.

A nível de comparação, a seleção olímpica foi convocada no dia 16 de dezembro de 2019 e se apresentou na Granja Comary no dia 3 de janeiro para iniciar a preparação que resultou com a vaga em Tóquio-2020, onde o Brasil conquistou o segundo ouro consecutivo. O país, por sinal, luta por um feito inédito: ser tricampeão olímpico consecutivo nos Jogos de Paris. Apenas Grã-Bretanha e Hungria somam três ouros no futebol, mas em anos alternados.

O Pré-Olímpico será disputado entre os dias 20 de janeiro e 11 de fevereiro nas cidades de Caracas, Valencia e Barquisimeto, na Venezuela. O Brasil está no Grupo A ao lado de Colômbia, Equador, Venezuela e Bolívia, adversária da estreia, no dia 23 de janeiro. Os dois primeiros colocados de cada chave se classificam para o quadrangular final, que garantirá campeão e vice nos Jogos de Paris.

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