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Diretora de abrigo é presa por torturar crianças e as prender em quarto escuro como forma de punição

Ela também é investigada por encaminhar crianças e adolescentes para famílias substitutas sem a devida autorização judicial. Mulher ainda teria feito um aborto ilegal em uma criança acolhida no local.


G1-Goiás

Polícia investiga casa de acolhimento em que crianças e adolescentes era privadas de comida, em Posse, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil



A diretora de um abrigo que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em Posse, no nordeste de Goiás, foi afastada do cargo e presa na sexta-feira (27). Segundo a Polícia Civil, a mulher é suspeita de maus-tratos e tortura, como prender crianças em um quarto escuro por dias para que se comportassem melhor.


O nome da investigada não foi divulgado pela polícia.


Além da prática de tortura e maus-tratos, a diretora do abrigo também está sendo investigada por encaminhar crianças e adolescentes para a famílias substitutas sem a devida autorização judicial.


“A diretora era conivente e também praticava abusos. Além dos maus tratos, ela coagia o pessoal da assistência social a emitir pareceres sociais destoantes da realidade, para colocar crianças em famílias substitutas”, afirmou o delegado Humberto Soares, responsável pelo caso.

Entre os casos mais graves está o da menina Maria Eduarda Vitória de Sousa, de 5 anos, que foi entregue aos cuidados da tia, no Piauí, sem autorização judicial. No último dia 14, a menina foi levada morta para um hospital com sinais de espancamento. A Polícia Civil do estado investiga o caso e prendeu a tia.


Desvio de doações e aborto

Ao todo existem 23 crianças no abrigo e todas continuam no local após a operação policial.

Segundo o delegado Humberto Soares, a diretora também é suspeita de desviar doações enviadas ao abrigo para proveito próprio. A mulher teria também feito um aborto ilegal em uma criança do abrigo.

“Há sim uma denúncia de aborto ocorrido dentro da casa tendo uma das crianças como vítima. Estamos apurando a autoria e a materialidade delitiva, bem como a circunstância da diretora ter procedido ao aborto e encobrido o fatos”, detalhou.

Durante operação, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da suspeita e na casa de acolhimento. Foram apreendidos documentos para as investigações.

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