Globo Esporte
Paulo Roberto Falcão, coordenador esportivo do Santos, cobrou uma postura severa da Conmebol na investigação da denúncia apresentada pelo Peixe sobre as injúrias raciais sofridas por Ângelo e Joaquim durante a partida contra o Audax Italiano, no Chile, disputada na última quarta-feira.
– Manifestação triste de racismo e que precisa ser combatida seriamente. Não é possível que a gente tenha tido no mundo a repercussão que tivemos com o caso do Vini Jr. e hoje as pessoas repetem isso aqui. Tem que ter punição – afirmou o dirigente do Santos em entrevista ao canal "De olho no Peixe", em Santiago.
Aos 32 minutos do segundo tempo, Ângelo foi substituído e deu lugar a Patati em campo. Quando se encaminhava ao banco de reservas, o menino da Vila viu e ouviu as manifestações criminosas vinda das arquibancadas.
Com Joaquim, o racismo aconteceu já fora do campo em um espaço do 4º andar do estádio La Florida, palco da partida. Segundo o Santos, o local estava reservado apenas ao staff do clube brasileiros, mas torcedores do Audax Italiano tiveram acesso.
Após ouvir os relatos de seus atletas, a diretoria do Peixe procurou o delegado da partida para registrar a ocorrência em súmula e agora aguarda um posicionamento formal da Conmebol.
– Isso depois de terem feito o que fizeram com o Vinicius Jr. lá (na Espanha). Para você ver que as coisas não param se não tiver medidas sérias. Alguém tem que parar com isso, depende muito das instituições, a gente reclama, a gente lamenta – desabafou Falcão.
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