Dez empresas de Senador Canedo são alvos de busca suspeitas de participar de esquema bilionário do PCC
- pereiraalves4
- há 2 dias
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A ação visa desarticular esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, segundo o MP. De acordo com o órgão, a decisão partiu da 2ª Vara Criminal da Comarca de Catanduva de São Paulo.
G1-Goiás

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em empresas de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, como parte da "Operação Carbono Oculto", liderada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com MP-SP, a ação visa desarticular esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis envolvendo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação aconteceu na quinta-feira (28) e, segundo a Receita Federal, é considerada a maior operação contra o crime organizado da história do país em termos de cooperação entre as instituições. Como os nomes das empresas não foram divulgados.
Durante uma coletiva de imprensa, o promotor de Justiça do MP-SP, João Paulo, afirmou que o grupo investigado possuía duas redes de combustíveis em São Paulo e outra em Goiás, que atuavam juntas e cooperavam com redes de lavagem de dinheiro para o PCC.
De acordo com o MP-GO, a decisão dos mandados de busca e apreensão partiu da 2ª Vara Criminal da Comarca de Catanduva, em São Paulo, que estima que a organização criminosa tenha arrecadado mais de R$ 8 bilhões com a cadeia econômica ligada ao comércio de combustíveis.
Ainda segundo o MP-GO, a operação contou com a participação de 15 agentes de segurança institucional, 12 policiais militares, 8 auditores da Receita Federal e dois promotores Justiça.
Operação Carbono Oculto
De acordo com o Governo Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra cerca de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) também pediu judicialmente o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, que incluem imóveis e veículos.
Ainda segundo o Governo Federal, investigações apontam para um esquema organizado pela facção criminosa, que conseguiu lucros altos na cadeia produtiva de combustíveis, ao mesmo tempo em que lavava o dinheiro proveniente do crime usando centenas de empresas.
As investigações também apontam que a organização também adulterava os combustíveis, usando metanol, que seria supostamente importado para outros fins, mas acabava sendo utilizado na fabricação de gasolina adulterada.
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