Determinação do STJ para que magistrados usem o dispositivo ocorreu no último dia 24.
G1
Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afastados. — Foto: Reprodução
Os cinco desembargadores investigados por venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) continuam ignorando o uso da tornozeleira eletrônica. A determinação do STJ ocorreu no último dia 24 e os magistrados ainda não se apresentaram para colocação do dispositivo.
Ao assessoria do governo de Mato Grosso do Sul, informou que a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) possui a decisão judicial que exige a colocação da tornozeleira mas, os magistrados não se apresentaram.
Ainda segundo o governo estadual, a Agepen vem notificando diariamente o STJ sobre a situação.
O afastamento é resultado da operação "Ultima Ratio", deflagrada pela Polícia Federal e Receita Federal e determinada pelo STJ. São alvos da operação e foram afastados por 180 dias:
Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul;
Sideni Soncini Pimentel, presidente do TJ eleito para 2025 e 2026;
Vladimir Abreu da Silva, vice-presidente eleito também para os próximos dois anos;
Alexandre Bastos, desembargador;
Marcos José de Brito Rodrigues, desembargador.
Além dos magistrados, outros servidores do judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados - alguns deles filhos dos desembargadores - são investigados por lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.
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