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Dentista é indiciada por deformar pacientes durante cirurgias estéticas

Conversas mostram pacientes reclamando de inflamações, cicatrizes e assimetria nos resultados. Hellen Kacia Matias da Silva segue presa preventivamente após ter o pedido de revogação da prisão negado pela Justiça.




G1-Goiás

Dentista Hellen Kacia Matias da Silva é suspeita de deformar pacientes em cirurgias estéticas, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil



A Polícia Civil (PC) indiciou a dentista Hellen Kacia Matias da Silva por deformar pacientes após a realização de procedimentos estéticos que só podem ser feitos por cirurgiões plásticos, em Goiânia. Em conversas divulgadas pelos investigadores, pacientes reclamam de inflamações, cicatrizes e assimetria nos resultados.


Hellen foi presa no dia 30 de janeiro e, segundo a polícia, segue presa preventivamente após ter o pedido de revogação da prisão negado pela Justiça.


O caso foi investigado pela delegada Débora Melo, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). A investigação identificou que 21 pacientes da dentista tiveram lesões corporais gravíssimas após os procedimentos estéticos. Hellen também foi indiciada por infrações contra a saúde pública e contra as relações de consumo.


Outros três dentistas também foram indiciados por exercício ilegal da medicina e por crimes contra o consumidor. Em nota, o Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) disse que "medidas administrativas pertinentes foram tomadas".


Exercício ilegal da medicina


A prisão de Hellen aconteceu no dia 30 de janeiro, a partir de evidências de que ela deformou o rosto de pacientes ao realizar cirurgias estéticas expressamente proibidas pelo Conselho Federal de Odontologia, tais como: alectomia (redução do nariz); retirada de pele excessiva dos olhos (blefaroplastia); lipo de papada (face lifting) e outros.


A investigação teve início em setembro de 2023, após a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) ter recebido denúncias de que Hellen e outros três dentistas estavam exercendo ilegalmente a medicina.


Segundo a delegada Débora Melo, responsável pela investigação, todos os procedimentos estéticos feitos por Hellen eram anunciados nas redes sociais da dentista por valores abaixo do mercado, atingindo um grande número de pessoas.

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