Dengue: Butantan já tem mais de 1 milhão de vacinas prontas à espera do aval da Anvisa
- pereiraalves4
- há 14 horas
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Imunizante em dose única protege contra os quatro sorotipos da doença
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O Instituto Butantan já tem mais de 1 milhão de vacinas da dengue prontas, aguardando apenas o aval da Anvisa para começarem a ser distribuídas.
Segundo o diretor da instituição, o infectologista Esper Kallas, toda a documentação necessária para a aprovação do imunizante já foi enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e as doses passam agora pelas avaliações finais. No entanto, a produção e os contratos com o Ministério da Saúde só poderão avançar depois que a agência der o registro definitivo.
— Só poderemos sentar com o Ministério da Saúde para começar a falar em contratos, volumes e distribuição depois do licenciamento da Anvisa, porque, a rigor, a gente não tem um produto antes da aprovação, explicou Kallas.
O especialista destacou que o Butantan possui atualmente mais de um milhão de doses produzidas, prontas para serem liberadas assim que o aval da agência sair. Nesta semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a vacina deve ser aprovada ainda neste ano. Segundo ele, ainda não há definição sobre quais serão os grupos prioritários que receberão as primeiras doses.
De acordo com estimativas iniciais, serão necessárias cerca de 140 milhões de doses para imunizar os brasileiros elegíveis — um desafio logístico e produtivo considerável.
Embora a vacina seja de dose única, a produção em larga escala é complexa, já que o imunizante combina quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue, exigindo um processo de formulação delicado e custoso.
Para atender à demanda nacional, parte da produção será terceirizada para a Wuxi Biologics, empresa localizada na China. Técnicos do Butantan acompanham de perto o processo de fabricação no exterior, e a planta produtiva chinesa também precisará passar pela aprovação da Anvisa.
Mesmo com o avanço, Kallas pondera que a vacinação com a nova vacina da dengue dificilmente terá impacto significativo sobre o pico da doença em 2026, já que os prazos de aprovação e logística ainda são longos. — Vai ser muito difícil entregar qualquer coisa, vinda da China, antes da metade do primeiro semestre do ano que vem. O volume grande mesmo deve chegar a partir do meio de 2026, afirmou o diretor.

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