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Criminosos aplicam golpe do falso sequestro em fazendeira e lucram R$ 150 mil

Golpistas fingiram ter sequestrado a mãe da vítima e a obrigaram a espelhar a tela do celular para ter acesso a informações bancárias




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Sete pessoas foram presas na última terça (12) e quarta-feira dias (13) durante a operação “A Fazendeira”, que cumpriu mandados em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.


A ação foi realizada por forças de segurança dos quatro estados para combater um golpe de falso sequestro no qual a vítima, empresária do setor de agropecuário, perdeu mais de R$ 150 mil por acreditar que a mãe foi sequestrada. Golpistas invadiram até contas de fidelidade e usaram milhas de cartões da vítima.


Segundo a delegada Thaynara Andrade, responsável pelo caso, o crime aconteceu em abril do ano passado quando os suspeitos ligaram para a vítima durante a madrugada e afirmaram que haviam sequestrado a mãe dela.


Para convencer, passaram informações verdadeiras sobre outros familiares. A mulher ficou horas sob pressão e, acreditando que a mãe estava em perigo, fez várias transferências para contas indicadas pelos criminosos.


“Os criminosos mantiveram a vítima em erro por várias horas e a obrigaram a espelhar a tela do celular. Assim, conseguiram acessar dados importantes e, cerca de uma semana depois, invadir uma conta de programa de fidelidade, usando o cartão de crédito para comprar milhas aéreas”, explicou a delegada.


No total, foram transferidos mais de R$ 300 mil. Porém, parte do dinheiro foi estornada pelo banco, mas o prejuízo final foi de R$ 150 mil.


Durante as investigações, a polícia identificou as pessoas que usaram as milhas, o cartão de crédito e também os beneficiários diretos do dinheiro transferido. As prisões foram realizadas em Belo Horizonte (MG), Guarujá (SP) e nas cidades de Mesquita, São João de Meriti e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ).


Durante as buscas, um dos suspeitos, preso no Rio de Janeiro, foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, munições e receptação. Além dos sete presos, outros dez envolvidos já foram identificados e já foram notificados para comparecerem nas delegacias das respectivas cidades.


“As apurações continuam para localizar os mentores do crime e verificar se houve lavagem de dinheiro. O apoio das polícias civis de outros estados foi fundamental para o cumprimento dos mandados e para a prisão desses suspeitos”, ressaltou Thaynara Andrade.


A quebra de sigilo bancário segue em andamento para rastrear toda a movimentação financeira ligada ao golpe e identificar possíveis líderes da quadrilha.

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