Crime ambiental: 52 inquéritos da PF investigam suspeita de incêndios criminosos
- pereiraalves4
- 14 de set. de 2024
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Segundo estudo do Instituto Igarapé, o crime ambiental é a terceira atividade criminosa mais lucrativa do mundo, e movimenta até US$ 280 bilhões por ano.
JN
A Polícia Federal investiga suspeitas de incêndios criminosos em todo o país.
As imagens de satélite mostram um corredor de fumaça sobre vários estados e países vizinhos, resultado das queimadas que assolam o país. De acordo com investigadores e cientistas, grande parte é resultado de ação intencional, para desmatar, garimpar ou até expulsar comunidades tradicionais.
Cinquenta e dois inquéritos na Polícia Federal investigam a suspeita de queimadas criminosas. Em São Paulo, a PF já encontrou indícios de ação coordenada. Investiga a autoria e se os incêndios estão relacionados a outros crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os inquéritos também apuram as queimadas na Amazônia, no Pantanal e em Brasília, onde o fogo atingiu a Floresta Nacional há dez dias.
Uma das principais nascentes de Brasília ajuda a fornecer água para grande parte da população do Distrito Federal. Mas, hoje, ela está totalmente cercada por uma grande área queimada, em um incêndio criminoso, segundo a Polícia Federal. Os investigadores da PF querem descobrir quem iniciou o incêndio, mas também estão calculando o valor do dano ambiental causado provocado pelo fogo, que atingiu mais de 2,6 mil hectares - 47% da Floresta Nacional de Brasília.
Hoje, a pena para quem desmata é de 2 a 4 anos de prisão. A mesma para incêndios florestais. Para garimpo ilegal, a pena é ainda menor: 6 meses a 1 ano de prisão.
O diretor de Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire, considera que a punição deveria ser maior.
Segundo estudo publicado pelo Instituto Igarapé, o crime ambiental é a terceira atividade criminosa mais lucrativa do mundo, e movimenta até US$ 280 bilhões por ano.
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