Vinicius Mello e Camila Melo estão foragidos e a suspeita é que eles tenham fugido para os Estados Unidos. Ação policial apreendeu quase 470 veículos, aeronaves e pediu o bloqueio de R$ 19 bilhões.
G1-Goiás
Camila Rosa Melo e Vinicius Martini de Mello são casados e procurados pela Polícia Civil de Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O corretor de grãos Vinicius Martini de Mello e a esposa Camila Rosa Melo são investigados por aplicar golpes milionários contra produtores rurais em Goiás, e segundo a Polícia Civil, usam do dinheiro obtido com o crime para ostentar e manter uma vida de luxo. Eles estão foragidos e a polícia acredita que tenham fugido para os Estados Unidos.
Em fotos publicadas nas redes sociais há alguns anos, o casal aparece em viajando para outros países junto com os filhos pequenos. Fora isso, uma ação policial apreendeu quase 470 veículos, aeronaves, imóveis de luxo e pediu o bloqueio de R$ 19 bilhões do casal e de outros suspeitos.
A defesa do casal disse que Vinicius e a família dele trabalham há mais de 10 anos no ramo e que nunca tinham tido problemas, mas que há seis meses uma “questão econômica” fez com que eles tivessem problemas para “honrar com os compromissos”. A defesa diz que existem acordos para pagamento de débitos de credores que “estão sendo feitos e que vêm sendo pagos”.
Vinicius e Camila são suspeitos de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os nomes foram incluídos na lista de procurados da Interpol. Por eles estarem foragidos, a Polícia Civil de Goiás divulgou o nome e a foto dos dois.
"A partir do momento em que houve a expedição do mandado de prisão imediatamente nós providenciamos que eles fossem incluídos na [lista da] Difusão Vermelha para que eles pudessem ser capturados onde forem encontrados”, detalhou o delegado Márcio Henrique Marques.
Outros suspeitos
Além de Vinicius e Camila, que são procurados, quatro pessoas foram presas em uma operação da Polícia Civil realizada nos dias 28 e 29 de novembro. A ação policial ainda apreendeu quase 470 veículos, aeronaves, imóveis de luxo e pediu o bloqueio de R$ 19 bilhões.
Os advogados Gabriela Lima e Rodrigo Castor são responsáveis pela defesa de duas pessoas presas na operação. Em nota, eles afirmam que a prisão preventiva dos clientes "é indevida e todas as providências cabíveis para devolver a liberdade aos investigados estão sendo tomadas". Disseram também que vão provar que "todos os negócios jurídicos feitos pela empresa são lícitos e fidedignos".
Já os advogados Alessandro Gil Moraes e Danilo Marques Borges são responsáveis pela defesa das outras duas pessoas presas na operação. Em nota, eles disseram que "acreditam plenamente na inocência dos investigados" e que, como o processo está sob sigilo, ainda não teve acesso à íntegra dos autos. Por isso, "não emitirá comentários ou avaliações sobre o caso neste momento".
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