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Corinthians prevê fechar 2025 com R$ 272 milhões no vermelho, pior resultado da história

Déficit até setembro foi de R$ 180 milhões; clube espera transação tributária




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A diretoria do Corinthians prevê fechar 2025 com o pior resultado financeiro do clube em um ano: déficit de R$ 272 milhões.


A projeção consta no orçamento para 2026 enviado a conselheiros do clube.


Até então, o recorde negativo do Corinthians é de 2019, na gestão do ex-presidente Andrés Sanchez, quando ficou no vermelho em R$ 177 milhões. Corrigido pela inflação, esse resultado representaria um déficit de R$ 248 milhões atualmente.


O último balancete financeiro divulgado pelo Timão é o de setembro deste ano. O clube terminou o terceiro semestre com déficit de R$ 180,1 milhões.


Apesar do número impactante, a direção do Corinthians pondera que essa é uma questão contábil, não de fluxo de caixa. O clube pretende resolver parte do problema com uma transação tributária (acordo para regularização de débitos fiscais).


Inicialmente, o orçamento do Corinthians para 2025 estimava um superávit de R$ 37,5 milhões. A previsão foi feita pela antiga gestão, do presidente Augusto Melo. Já sob o comando de Osmar Stabile, o clube refez as contas e, em outubro, projetou um déficit de R$ 83 milhões.


Na época, o clube acreditava que conseguiria finalizar a transação tributária antes do fim do ano. Com isso, teria um déficit bem menor.


Na prática, a situação econômica é de aperto: salários estão em dia, mas há atrasos em pagamentos de fornecedores e impostos. Na semana passada, o clube atrasou a primeira parcela do 13º dos funcionários.


Atualmente, a dívida alvinegra é de aproximadamente R$ 2,7 bilhões. O montante engloba as obrigações do clube e também o financiamento da Neo Química Arena.


Comparando com 2024, as receitas do clube caíram em 23% e as despesas cresceram em 5%. Com isso, o resultado operacional caiu de R$ 293 milhões para uma previsão de R$ 49 milhões.


No documento enviado aos conselheiros, o Corinthians informa que "o cenário reforça a necessidade de revisão estrutural de despesas e de fortalecimento das fontes de receita para restabelecer a sustentabilidade financeira."

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