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Corinthians faz proposta à Caixa para quitar dívida da Arena

Oferta foi apresentada nesta sexta-feira em reunião em Brasília


GE

Corinthians tenta um modelo melhor de pagamento da Neo Química Arena — Foto: Leonardo Sguaçabia


O Corinthians apresentou à Caixa uma nova proposta para pagamento da dívida referente ao financiamento das obras da Neo Química Arena.


A oferta foi apresentada na manhã desta sexta-feira, em uma reunião em Brasília com representantes das duas entidades, e anunciada em comunicado oficial do banco.


– Representantes da Caixa e do Corinthians se reuniram, e o Clube apresentou uma proposta formal para a quitação do saldo devedor da dívida do contrato de financiamento firmado para a construção da Arena Corinthians –, diz um comunicado assinado pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores da Caixa, Luiz Felipe Figueiredo de Andrade.


Os valores são mantidos sob sigilo. A renegociação entre o Alvinegro e a Caixa já dura meses, e o clube conta com a assessoria da empresa KPMG. Agora, o banco avalia a proposta para que um novo acordo de quitação seja ou não assinado.


O Corinthians tenta se livrar dos juros que paga à Caixa, que financiou a construção do estádio inaugurado em 2014. Só neste ano o Timão repassou quase R$ 100 milhões ao banco, e este dinheiro foi só de juros. No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025.


A renegociação corre em paralelo à intenção do Corinthians de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena. O clube pretende vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.


– O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena. Este fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender, e eu gostaria de vender.


O clube vê esta possibilidade como "muito bem encaminhada" e trabalha com dois possíveis modelos de negócio: um investidor único com aporte milionário e muitas cotas da Arena; ou todas as cotas sendo oferecidas na Bolsa. São 49% porque o Corinthians quer se manter como controlador do estádio.


Quem comprar essas "ações" passaria a receber dividendos, como acontece com outros fundos imobiliários de shoppings, galpões logísticos ou lajes corporativas. Esse "aluguel" pago aos donos das cotas seria proveniente das receitas da Arena com venda de ingressos, aluguéis de espaços comerciais, realização de eventos, entre outros.

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