Classificado para a final do Paulista, equipe da Vila Belmiro quer jogar decisão na capital para arrecadar mais dinheiro com bilheteria
GE
Gramado do Morumbis passa por manutenção após show no estádio do São Paulo — Foto: Divulgação
O desejo do Santos de disputar um dos jogos da final do Paulistão tende a esbarrar em vetos de Corinthians e São Paulo, que recentemente alugaram seus estádios para partidas da equipe do litoral.
Após a vitória sobre o Red Bull Bragantino, na quarta-feira, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou que a intenção é fazer o jogo sob mando do clube em São Paulo.
O Santos ainda não sabe quem vai enfrentar, o que influencia também se a equipe será mandante no jogo de ida ou de volta. A outra semifinal será disputada nesta quinta, entre Palmeiras e Novorizontino, no Allianz Parque. As finais estão previstas para os dois próximos domingos, dias 31 de março e 7 de abril.
O São Paulo cedeu o Morumbis, maior estádio paulista, ao Santos na fase de grupos do estadual, em jogo contra o São Bernardo. Foram mais de 50 mil pessoas nas arquibancadas.
Para a final, porém, o clube tricolor considera improvável o aluguel. O estádio recebeu um show da dupla Victor e Léo no sábado e iniciou o tratamento do gramado em seguida. O campo não deve estar em boas condições para as finais do Paulista, mesmo que seja para o jogo de volta.
O clube quer ter o gramado pronto para os jogos contra o Cobresal, pela Libertadores, no dia 10 de abril, e para a estreia do time no Brasileiro, no fim de semana do dia 14, contra o Fortaleza.
A alegação do Corinthians para não alugar mais uma vez a Neo Química Arena também é a preservação do gramado. Membros da diretoria alvinegra dizem que foi iniciado um tratamento no campo para que ele esteja em perfeitas condições para a continuidade da temporada.
O Timão volta a Itaquera no dia 9 de abril, contra o Nacional, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana. Depois, na estreia do Brasileirão, enfrenta o Atlético-MG (em data e horários a definir).
Desde que decidiu alugar a sua casa para a semifinal do Paulistão, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, sofreu bastante pressão nos bastidores de conselheiros, sócios e torcedores organizados contra a ideia.
A divulgação de que o clube recebeu R$ 850 mil do Santos, mas teve de arcar com as despesas operacionais da partida da última quarta, aumentou o tom das críticas.
A decisão de ceder o estádio ao rival teve motivação financeira, mas também política. Eliminado na primeira fase do Estadual, o Corinthians viu no aluguel para o Santos uma oportunidade de gerar receita. Em 2024, o Timão prevê pagar cerca de R$ 80 milhões à Caixa Econômica Federal em parcelas trimestrais do financiamento da arena.
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