Reunião teve bloqueio de celulares e clima de eleição. Diretoria atual prevê inauguração de futuro estádio em novembro de 2029. Presidente Landim fala em dia histórico: "Oportunidade única"
GE
Terreno do Gasômetro na Região da Zona Portuária do Rio — Foto: André Durão
Por maioria de votos (602 a favor e 33 contra - quatro abstenções), o Conselho Deliberativo do Flamengo autorizou na noite desta segunda-feira o clube a participar do leilão para compra do terreno do Gasômetro, onde pretende erguer seu estádio para pelo menos 70 mil pessoas. A área tem 86.592,30 metros quadrados.
Após a aprovação por quase unanimidade de votos, a maioria dos presentes comemorou muito. O presidente Rodolfo Landim pulou e cantou o hino abraçado a apoiadores.
O leilão público do Gasômetro, localizado na Av. São Cristóvão, nº 1.200, será realizado na próxima quarta-feira, às 14h30 (de Brasília) no auditório do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O lance mínimo previsto é de R$ 138.195.000,00 e precisa ser à vista, de acordo com as normas do edital de leilão. Nesta segunda, a Justiça Federal negou cancelamento do leilão, o que havia sido pedido pela Caixa Econômica Federal, administradora do fundo proprietário do terreno.
A quatro meses da eleição na Gávea, o clima no clube foi de debate e tensões pré-eleitorais - durante o dia, houve manifestações de torcidas organizadas direcionadas contra um dos pré-candidatos, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, chamado de "elitista" em faixa pendurada por opositores na sede do clube. Torcidas organizadas se reuniram na entrada do clube e cantaram "o estádio é nosso".
A reunião também teve medida peculiar, com recolhimento de celulares para entrar no ginásio de votação. Os conselheiros receberam um aparelho semelhante a uma calculadora com o qual conseguiam votar pelo "sim" ou "não" pela autorização da compra do terreno para o estádio.
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