Cacai toledo, ex-presidente do DEM de Anápolis, pode ter fugido do país, acreditam promotores. Além dele, três policiais militares são acusados de matar Fábio Escobar.
G1-Goiás
Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai (lado esquerdo), e o empresário morto a tiros, Fábio Alves Escobar Cavalcante (lado direito) — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a inclusão do nome de Carlos César Savastano Toledo, ex-presidente do DEM (atual União Brasil), conhecido como Cacai Toledo, na lista de foragidos da Polícia Internacional (Interpol).
Ele é considerado foragido da Justiça desde novembro de 2023, quando teve o mandado de prisão preventiva expedido por suspeita de mandar policiais militares matarem o empresário Fábio Escobar, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
Em nota, a defesa de Cacai Toledo informou que vai comprovar a inocência do suspeito e que está fazendo diligências para apontar os verdadeiros culpados.
A suspeita dos promotores de Justiça é de que Cacai fugiu para outro país. Com a inclusão do nome do suspeito na lista vermelha da Interpol, a expectativa é de que o ex-presidente do DEM seja extraditado para responder ao processo no Brasil.
As investigações da Polícia Civil terminaram em novembro de 2023 e concluíram que Cacai foi o "autor intelectual" do homicídio de Escobar, tendo sido o responsável por organizar o crime. Além dele, os três policiais militares têm ligação direta com a morte do empresário, segundo o inquérito.
Policiais se tornam réus
A Justiça aceitou a denúncia do MP contra três policiais militares e Caca Toledo pela morte do empresário. Assim, eles se tornaram réus pelo crime de homicídio qualificado.
A decisão da Justiça foi assinada por três juízes de Anápolis na última segunda-feira (19). O crime aconteceu em junho de 2021, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
As investigações da Polícia Civil terminaram em novembro de 2023 e concluíram que Cacai foi o "autor intelectual" do homicídio de Escobar, tendo sido o responsável por organizar o crime. Além dele, os três policiais militares têm ligação direta com a morte do empresário, segundo o inquérito.
Motivação do crime
Cacai foi coordenador da campanha política do Democratas ao governo do estado de 2018, em Anápolis. Com a eleição de Ronaldo Caiado, ele ganhou o cargo de diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). Em 2020, foi preso por suspeita de fraudes em licitações na companhia e perdeu o cargo.
Escobar trabalhou com Cacai durante a campanha de 2018. No ano seguinte, passou a denunciá-lo na internet por supostos desvios de dinheiro. Em um dos vídeos, Escobar mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil, que ele dizia ter recebido de Cacai como suborno para que ele parasse com as denúncias. Para a investigação, essas desavenças motivaram o assassinato do empresário.
“O dinheiro de vocês está aqui, ninguém me compra não. Pode colocar pistoleiro, pode colocar o que for. O dinheiro que vocês me mandaram está aqui”, diz ele no vídeo.
O pai de Escobar disse em entrevista à TV Anhanguera que o filho tinha muitas informações sobre supostos desvios de dinheiro. José Escobar diz também que o filho chegou a ser ameaçado por uma pessoa ligada a Cacai.
"Essa não foi a primeira vez que o meu filho foi seguido por PMs disfarçados. Eu sempre alertei que isso ia acabar do jeito que acabou, porque ele estava mexendo com gente muito perigosa e muito endinheirada. A morte do meu filho foi encomendada por políticos, pago por políticos, acobertado por políticos", disse o pai do empresário.
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