Ex-jogador do Barcelona, que está preso preventivamente desde o último dia 20 de janeiro acusado de estupro, deverá ser julgado no último trimestre deste ano
Globo Esporte

Último jogo de Daniel Alves pelo Pumas foi no dia 8 de janeiro — Foto: Reuters
De acordo com o jornal “El Mundo”, de Barcelona, Daniel Alves poderá ser condenado a uma pena de oito a dez anos de prisão. O ex-jogador do Barcelona e seleção brasileira está preso preventivamente desde 20 de janeiro acusado de estuprar uma mulher no fim do ano passado em uma boate.
Ainda segunda a publicação, e como o ge apurou, o julgamento deverá acontecer ainda em 2023, provavelmente no último trimestre.
De acordo com o El Mundo, o Ministério Público espanhol julgará Daniel Alves pelo crime de "agressão sexual com penetração", com pena prevista entre quatro e doze anos. Fontes judiciais confirmaram à publicação que o brasileiro tem o agravante de “abuso de autoridade” e que a pena passaria de oito anos de reclusão.
A última decisão da Justiça espanhola em relação a Daniel Alves foi a manutenção da sua prisão até o fim do julgamento. O pedido de liberdade que veio da defesa do ex-atleta foi negado na última semana.
No despacho para a recusa do pedido de liberdade provisória, os juízes Eduardo Navarro Blasco, Myriam Linage Gómez e Carmen Guil Román justificam que o conhecimento de novas provas e o avanço da investigação "aumentam exponencialmente" o risco de fuga inicial. E também frisa que o brasileiro não tem ligações expressivas com a cidade de Barcelona, uma vez que estava na Espanha de férias. Ele seguirá aguardando o julgamento, enquanto a investigação já é considerada como avançada.
O documento afirma que há "diversos indícios da criminalidade de Daniel Alves" e que eles "não partem só das declarações da denunciante". Também pesariam contra o brasileiro depoimentos de funcionários da boate, amigas da vítima e vídeos analisados. Além dos exames de corpo de delito e de DNA colhidos durante a fase de investigação.
A decisão tomada pela audiência em Barcelona é baseada apenas no pedido do advogado de Daniel Alves para sair da prisão, analisando o risco de fuga. Não foram analisadas provas para determinar se ele é ou não culpado, algo que será feito no dia do julgamento. Não há possibilidade de recurso sobre essa decisão, mas a defesa do jogador pode solicitar em caso de novas argumentações.