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Botafogo anuncia plano de Recuperação Extrajudicial para quitar R$ 400 milhões em dívidas cíveis

Globo Esporte



O Botafogo segue trabalhando para ajustar a vida financeira com a SAF e quitar os débitos históricos do clube. O Alvinegro divulgou, na noite desta sexta-feira, o novo plano de Recuperação Extrajudicial, nova plataforma que vai servir para o pagamento das dívidas cíveis, substituindo o RCE (Regime Centralizado de Execuções).

O clube resolveu mudar o formato por entender que o RCE "se revelou insuficiente para quitação do passivo do Clube em um prazo razoável, além de não abranger as dívidas não judicializadas". Neste formato, o Botafogo dedicava 20% de toda receita mensal para o pagamento de credores, que eram organizados em uma "fila" - havia, porém, reclamações de pessoas por possíveis falta de pagamento, o que fugia do controle do clube.

No começo de janeiro, o Botafogo conseguiu a autorização da Justiça para entrar no Recuperação Extrajudicial, que busca um acordo entre clube e credores, para quitar as dívidas cíveis do clube, estimadas em R$ 404.925.450,83.

Existem três formas de pagamento, de acordo com o divulgado pelo clube.

Pagamento à vista (Curto prazo) - Pagará o valor do crédito reconhecido pelo Botafogo, em única parcela, em até 10 (dez) dias da homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial ou no máximo até a data 31 de março de 2024. Haverá um desconto de 90% sobre o valor atualizado do crédito.

Pagamento Longo Prazo - Haverá uma carência de 2 anos após a homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial para início dos pagamentos. Permite que o pagamento seja feito no período máximo de até 156 meses. Haverá um deságio de 40% sobre o valor atualizado do crédito.

Valor Fixo - Pagará em uma única parcela de até R$ 20 mil o valor do crédito reconhecido pelo Botafogo (observado o limite do respectivo valor do crédito), em até 60 dias da homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial. O Credor renuncia a eventuais saldos (se houver) que excederem o valor da parcela de pagamento aprovada.

Credores têm até o dia 15 de março para aceitaram ou não o plano proposto pelo Botafogo. Caso a maioria concorde, este será posto em prática. Caso assim seja, mesmo as pessoas que não concordaram serão colocadas no regime de longo prazo.

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