Bicampeã olímpica de vôlei, Fabiana anuncia aposentadoria aos 39 anos

A agora ex-central publica vídeo em que lê carta, revive grandes momentos da carreira e projeta mudança de ciclo

GE

Fabiana anuncia aposentadoria do vôlei — Foto: Divulgação/FIVB

Bicampeã olímpica, Fabiana Claudino anunciou a aposentadoria do vôlei nesta terça-feira (24). A agora ex-central de 39 anos e 1,94m publicou um vídeo nas redes sociais, em que lê uma carta, narrada pelo sogro, o cantor Netinho de Paula, e revive momentos marcantes da carreira. Fabi não jogava desde o fim de 2023, quando deixou o Osasco, e faria parte da League One Volleyball (LOVB), novo torneio dos Estados Unidos, que começará em janeiro do próximo ano.

– Você enfrentou derrotas dolorosas, lágrimas, mas seu destino era brilhar, brilhar como uma grande campeã, ser capitã. Dentre os títulos, duas medalhas de ouro olímpicas se destacam como o auge da sua carreira. Números e prêmios individuais reforçam seu lugar como uma das maiores da história – disse um trecho da carta lida por Fabiana no vídeo de despedida das quadras.

Mineira da cidade de Santa Luzia, Fabiana iniciou a carreira profissional em 2001, com a camisa do Minas. No Brasil, ainda defendeu o projeto do Rio de Janeiro, Vôlei Futuro, Sesi-SP, Praia Clube e Osasco. Conquistou seis títulos da Superliga Feminina e também teve experiências no exterior, passando por clubes de Japão e Turquia.

Pela seleção brasileira, Fabiana construiu um currículo de extremo sucesso. Chegou à equipe principal ainda jovem e participou de quatro edições de Olimpíadas, entre 2004 e 2016. Conquistou duas medalhas: os ouros em Pequim 2008 e Londres 2012. Assim, tornou-se uma das seis bicampeãs olímpicas do vôlei feminino do Brasil, ao lado de Jaqueline, Sheilla, Fabi Alvim, Paula Pequeno e Thaisa.

Além dos ouros em Olimpíadas, Fabiana foi heptacampeã do Grand Prix, ganhou um título dos Jogos Pan-Americanos e três medalhas em Mundiais (duas pratas e um bronze). Chegou a se despedir da seleção brasileira após a Rio 2016, mas voltou a vestir a camisa da equipe nacional anos depois.