Investigação aponta que suspeito gastou R$ 1,8 mil da vítima em apenas um dia com compras em lojas de marcas e restaurantes luxuosos. Vítima juntou o valor furtado trabalhando em lavoura por 10 anos na Venezuela.
G1-Goiás
Bancário é preso em Goianira suspeito de desviar quase R$ 200 mil de homem que morava no exterior — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O bancário preso em Goianira, na Região Metropolitana da capital, suspeito de desviar R$ 190 mil de um homem, ostentava uma vida de luxo com o dinheiro que a vítima juntava para a aposentadoria, informou a Polícia Civil. De acordo com a investigação, o suspeito gastou R$ 1,8 mil da vítima em apenas um dia com compras em lojas de marcas famosas e restaurantes luxuosos.
O bancário foi preso na segunda-feira (17) em uma agência bancária onde trabalhava, durante a Operação Cashback. Segundo a Polícia Civil, a vítima do furto morou na Venezuela nos últimos 10 anos, onde trabalhou para juntar o dinheiro com intuito de se aposentar no Brasil.
Thiago Carvalho, delegado responsável pelo caso, informou que a maior parte do dinheiro era sacado em bancos de Aruanã, Goiânia e Goianira. De acordo com a investigação, os crimes começaram no mês de março de 2023.
"A vítima é uma pessoa bem humilde, trabalhador rural de uma lavoura na Venezuela. Ele só percebeu que havia um déficit alto nos valores da conta no extrato bancário quando voltou para Aruanã. Ele chegou na delegacia para fazer o registro e tivemos dificuldade até para colher as digitais por conta do trabalho dele", conta Thiago.
O delegado informou que houve um mês em que o investigado sacou mais de R$ 25 mil da conta bancária da vítima. A polícia apreendeu cartões da vítima que estavam com o investigado.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito compra óculos e relógio usando o dinheiro da vítima com o cartão e também com dinheiro em espécie, segundo a Polícia Civil.
"Vamos continuar as investigações para descobrir se tem mais participantes e mais vítimas", disse o delegado.
De acordo com a polícia, ele deve responder por furto qualificado por abuso de confiança. Se condenado, a pena pode chegar a oito anos de prisão.
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