Apenas 11% das cidades de Goiás cumpriram exigência de plano de mobilidade urbana
- pereiraalves4
- 16 de set.
- 2 min de leitura
Dos 81 municípios goainos a aprovarem seus planos, apenas 9 tem projetos sancionados
Mais Goiás

Mais de uma década após a criação da Lei nº 12.587/2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) e tornou obrigatória a elaboração de Planos de Mobilidade Urbana (PMUs), Goiás ainda patina para tirar os projetos do papel.
Dos 81 municípios goianos obrigados a aprovar seus planos, apenas nove cumprem a exigência: Abadia de Goiás, Alexânia, Caldas Novas, Cristalina, Goianésia, Inhumas, Goiânia, Senador Canedo e Valparaíso de Goiás.
O levantamento foi feito pelo Mais Goiás a partir de dados extraídos do Ministério das Cidades.
Em novembro de 2023, dois anos atrás, o Mais Goiás fez outro levantamento sobre o assunto e constatou que apenas sete cidades tinham seus Planos de Mobilidade feitos. De lá para cá, apenas Goiânia e Senador Canedo regularizaram a questão. A maioria dos outros municípios ainda está em débito.
A falta do plano de mobilidade afeta grandes cidades como por exemplo, Aparecida de Goiânia e Anápolis que continuam sem PMU sancionado. A aparente contradição tem explicação: sistemas mais complexos exigem coleta de dados robusta, integração metropolitana e maior capacidade técnica local, o que alonga prazos e dificulta o consenso político.
Entre os exemplos positivos, Goianésia foi pioneira ao usar o plano como base para concessão do transporte coletivo. Caldas Novas e Cristalina transformaram diretrizes em políticas concretas, como medidas de segurança para modos ativos e tarifa zero, respectivamente.
Goiânia, que já operava com um modelo de dupla camada, plano diretor de mobilidade com metas até 2033 e um pacote de ações de curto prazo, hoje consta como plano elaborado e aprovado na base federal.
Para destravar a agenda, especialistas apontam quatro frentes: apoio técnico e financeiro aos municípios, integração de políticas urbanas como solo, habitação e transporte, gestão combinando metas de longo e curto prazo e, sobretudo, inverter a pirâmide viária recolocando pedestres, ciclistas e transporte público no topo das prioridades.






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