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Após vídeos revelados pela CNN, Gonçalves Dias pede demissão do GSI

Imagens mostram ministro no Palácio do Planalto durante atos criminosos de 8 de janeiro


CNN

O general Marco Edson Gonçalves Dias, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, caminha pelo Palácio do Planalto às 16h29 do dia 1º de janeiro de 2023 (CNN Brasil/Reprodução)


Após imagens reveladas com exclusividade pela CNN que mostram o general Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no Palácio do Planalto durante os ataques criminosos contra os Três Poderes, o ministro pediu demissão nesta quarta-feira (19).


Ele havia se reunido nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pouco antes da CNN confirmar seu pedido de demissão. Dias era tido como um militar próximo do presidente, por ter atuado em sua segurança pessoal durante os primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também durante a campanha de Lula para as eleições de 2022.


O general se torna o primeiro ministro do governo de Lula a deixar o cargo.


O governo federal publicou uma nota sobre o envolvimento de militares no 8 de janeiro, mas não falou explicitamente sobre a demissão do general Gonçalves Dias.


CPMI deve ser instalada no Congresso


Antes da confirmação do pedido de demissão, aliados do presidente Lula já avaliavam que a permanência de Gonçalves Dias no cargo iria fragilizar muito a posição do governo federal, que até esta quarta adotava uma postura de tentar evitar a instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro. As informações são da analista de política da CNN Renata Agostini.


Para a base do governo, a revelação das imagens tornou a instauração de uma CPMI praticamente inevitável. Mesmo que pareça clara a responsabilidade pessoal de Gonçalves Dias em estar presente durante os atos criminosos, institucionalmente fica difícil negar a omissão do Gabinete de Segurança Institucional, que já vinha sendo investigado pela Polícia Federal (PF).


No Twitter, a deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, endossou as afirmações presentes na nota divulgada pelo governo federal e disse que os “agentes filmados colaborando com invasores do Planalto eram do governo Bolsonaro, do GSI [comandado por] do general Heleno, que ainda não haviam sido substituídos”.




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