Desafio da família agora é de conseguir apoio financeiro para o tratamento da menina. Exames e medicamentos custam mais de R$ 53 mil por mês.
G1-Goiás
Alice Cláudia Medeiro Freitas e a mãe Amanda Cláudia Medeiros em diferentes momentos da internação — Foto: Reprodução / Redes Sociais
A menina Alice Cláudia Medeiros Freitas teve alta médica nesta quinta-feira (2) depois de quase três anos de internação. A criança, que nasceu em agosto de 2021, foi para casa pela primeira vez depois de se submeter a cirurgias e tratamentos para corrigir problema congênito que fez com que nascesse com o intestino para fora da barriga.
Alice foi diagnosticada com gastroquise (defeito congênito na parede abdominal que faz com que o intestino fique para fora da barriga) e com a síndrome do intestino curto (malformação congênita do intestino delgado.
A menina devia ter sido operada logo que nasceu, mas a cirurgia não pode ser realizada porque Alice nasceu prematuramente e estava fragilizada.
Agora, ela segue com o tratamento em casa. "Estou muito feliz pela vitória. Ela saiu totalmente da parenteral", explicou a mãe de Alice, Amanda Cláudia Medeiros. A parenteral é um tipo de nutrição intravenosa utilizada em casos em que a criança não consegue se alimentar pela boca ou por tudo.
Desafio
Amanda Cláudia comenta que o desafio agora e conseguir apoio da administração pública para custear os insumos a serem utilizados no tratamento de Alice. Exames, insumos e medicamentos custam R$ 53.390,83 por mês.
A Defensoria Pública do Estado de Goiás emitiu parecer à Vara Judicial de Araçu, que atende o município de Caturaí, onde a família mora, para que os recursos sejam disponibilizados para efetivamente viabilizar a desospitalização de Alice.
No entanto, de acordo com a Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE), o município apresentou dificuldade em oferecer o serviço de atenção domiciliar já que Caturaí não está habilitado no programa do governo federal "Melhor em Casa". Assim, a disponibilização de recursos para o tratamento de Alice deverá ser feita pelo governo estadual.
Além dos custos com o tratamento domiciliar, Amanda e Alice também terão que comparecer uma vez por semana ao Hospital das Clínicas, em Goiânia, para um dia de internação.
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