Ana Clara Gonçalves Venâncio sumiu após descer do ônibus, no retorno da escola para casa, em Inhumas. Família contou estar abalada com o desaparecimento da menina.
G1-Goiás
Ana Clara Gonçalves Venâncio, de 13 anos, desapareceu depois de sair da escola, em Inhumas — Foto: Arquivo pessoal/Rodrigo Venâncio
A adolescente Ana Clara Gonçalves Venâncio, de 13 anos, desapareceu depois de sair da escola no fim da tarde, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. Ao g1, o pai da menina, Rodrigo Venâncio, explicou que, na ocasião, ela voltava para a casa da mãe, onde mora. O caso foi registrado na Polícia Civil, que investiga.
Ana Clara foi vista pela última vez pelas câmeras de segurança da Rua 8 do Setor Alegrino Lelis, por volta das 18h55. Na ocasião, a menina tinha acabado de descer do ônibus, no retorno da escola para casa.
As orientações abaixo pertencem a Cartilha de Enfrentamento ao Desaparecimento (veja documento na íntegra), disponibilizada pelo Ministério Público de Goiás, mas desenvolvida pelo Ministério Público de São Paulo; confira.
Entre as informações mais importantes a serem destacadas está o fato de que não é preciso esperar tempo nenhum para registrar um boletim de ocorrência, além de direitos que muitas pessoas não sabem que têm.
Passo 1 - Faça um Boletim de Ocorrência: Em primeiro lugar, você deve registrar imediatamente um boletim de ocorrência, o chamado BO, pois esse é o passo que registra oficialmente o desaparecimento de uma pessoa para o poder público. O registro pode ser feito em qualquer unidade da Polícia Civil, no grupo especializado, em Goiânia (veja endereço no fim da reportagem), ou pela internet.
No site da Polícia Civil de Goiás há uma janela com fotos de pessoas desaparecidas e informações de cadáveres não identificados (veja aqui). Em Goiás, para fornecer informações sobre desaparecimentos, as pessoas podem ligar para a Polícia Civil, pelos números 197, (62) 3201-4826 ou (62) 3201-4834.
Passo 2 - Procure outros órgãos públicos que possam auxiliar na busca: Procure órgãos como o Ministério Público, pois o órgão têm acesso a informações que não estão disponíveis ao público, como o registro dos beneficiários que passaram por abrigos, casas de acolhida, além de também conseguirem buscá-lo/a entre as pessoas em situação de rua, consultar se ela foi presa etc.
Para esse tipo de ajuda, os interessados devem entrar em contato pelo telefone (62) 3243-8590 ou (preferencialmente) pelo e-mail plid@mpgo.mp.br. É necessário contar como aconteceu a perda de vínculo, ter dados como o nome e, se possível, o CPF, que é essencial na investigação.
Passo 3 - Descarte a possibilidade de morte: Uma das grandes angústias de quem está procurando um desaparecido/a é admitir a possibilidade de que a pessoa tenha morrido , mas infelizmente, é sempre importante considerar esta hipótese. Para verificá-la em Goiânia é necessário que você vá a uma unidade do Instituto Médico Legal (IML) e ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Isso deve ocorrer, preferencialmente, nos três primeiros dias.
Passo 4 - Procure em hospitais e Pronto-Socorros: Pode ser que a pessoa desaparecida tenha se sentido mal e sido levada para algum hospital da cidade. Se ela estiver consciente e com um documento de identificação, solicita-se a ela um telefone de contato para que a família seja imediatamente informada. A sugestão da Cartilha é iniciar as buscas pelos hospitais ou postos de saúde próximos aos locais que a pessoa costumava frequentar.
Passo 5 - Divulgação para a sociedade: No processo de busca de um(a) desaparecido(a), é muito importante avisar o máximo de pessoas possível, principalmente nos locais que ele(a) costumava frequentar. Vale à pena conversar com familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e qualquer conhecido que possa auxiliar na busca.
Passo 6 - Reencontro: Depois de tanta procura e muitas horas de angústia, seu familiar ou amigo desaparecido pode ser localizado. Quando isso acontecer, é necessário fazer, assim que possível, o BO de encontro de pessoa, que também pode ser elaborado em qualquer delegacia, ou pela internet.Muitas pessoas deixam de comunicar o retorno de seus familiares e amigos/as e isso sobrecarrega as instituições que precisam se concentrar na busca de pessoas que seguem desaparecidas.
Comments