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Acusado de matar namorada diarista e esconder corpo dentro de cisterna é julgado nesta quinta-feira

Na época, Francisco Joaquim Bispo confessou ter matado Luiza Helena Pereira por ciúmes. Horas antes do crime, vítima disse à família que queria terminar o relacionamento


G1-Goiás

Diarista Luiza Helena Pereira e o namorado Francisco Joaquim Bispo, indiciado por matá-la, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera



O namorado da diarista Luiza Helena Pereira, que confessou ter matado a mulher por ciúmes, passa por júri popular nesta quinta-feira (5). O crime aconteceu em 2022 e o homem escondeu o corpo da vítima em uma cisterna em Cristianópolis, no sudeste de Goiás.


Na época do crime, um advogado dele disse que o cliente “agiu no calor da emoção, do ciúme”.


Francisco é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, ele também responde pelos crimes de ocultação de cadáver e apropriação indébita. Ele foi preso no dia 15 de maio de 2022, em uma casa no município de Paranã, região sudeste do Tocantins.


Relembre o crime

A diarista desapareceu no dia 9 de maio de 2022, quando jantou com o companheiro na casa de um irmão em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Os parentes contaram que, naquela noite, o casal discutiu porque Luiza havia colocado uma senha no próprio celular e isso teria irritado o namorado.


Segundo a Polícia Civil, após ser preso, Francisco confessou ter matado a vítima esganada durante uma crise de ciúmes. Após isso, disse à polícia que a namorada caiu no chão quando ele a soltou, mas ele acreditava que ela ainda estivesse viva, respirando e piscando, embora não falasse nada.


Na época, a delegada Luíza Veneranda explicou que Francisco colocou Luíza em um carro e a levou até a chácara dele, em Cristianópolis. Lá, deu um banho nela, trocou a roupa, mas a vítima não apresentava qualquer sinal de reação. Ele, então, decidiu que a levaria a um hospital.


“Ele imaginou que ela tivesse só desmaiado. Ele pensou que poderia conversar com ela e pedir desculpas e, depois disso, eles reatariam ou terminariam. Ele disse que o objetivo nunca foi matar a mulher”, contou a delegada.


O homem disse à polícia que, no caminho ao hospital, parou o carro em um acostamento, foi a um posto de combustíveis, pegou gasolina e, ao voltar, percebeu que a namorada estava fria e sem respirar. Ele, então, voltou para a chácara e jogou o corpo em um buraco cavado em 2019 para fazer um poço artesiano.


De lá, fugiu para o Tocantins, onde tem família. Ele ficou dias escondido em matas da região até ser preso após investigações da Polícia Civil.


O corpo de Luíza só foi localizado depois que o namorado confessou o crime e levou as equipes ao buraco. Dias antes, a polícia e familiares da vítima já tinham ido à chácara fazer buscas e não tinham encontrado nada.






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