Apesar do recuo de Waldir Maranhão (PP-MA) na tentativa de cancelar o impeachment de Dilma Rousseff, sua permanência no comando da Câmara dos Deputados permanece incerta. Partidos políticos que somam ampla maioria na Casa e seus próprios colegas da Mesa Diretora discutem nesta terça-feira (10) uma saída jurídica ou política para tirá-lo do cargo.
A primeira frente contra o maranhense está na Mesa, composta agora por ele e mais nove deputados, entre titulares e suplentes.
Seus colegas convocaram uma reunião à sua revelia e defendem que seja aprovado um projeto de resolução para afastá-lo imediatamente da presidência.
A tese é defendida principalmente pelos deputados Giacobo (PR-PR), que é o segundo-vice presidente e que assumiria o comando da Câmara nesse caso, e por Ricardo Izar (PP-SP), quarto suplente da Mesa.
O problema é que ela não é unânime na Mesa e não é apoiada pela área técnica da Câmara, que não vê elementos regimentais que a deem sustentação. "Acho que devemos descartar nesse momento medidas exóticas", diz Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Mesa.
A confusão na Câmara é tanta nesta terça que uma reunião "oficial" da Mesa foi convocada por Maranhão para às 13h, mas não há certeza de que os colegas irão comparecer.