A Polícia Federal indiciou o diretor-presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau, e mais 18 pessoas por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência em um inquérito da Operação Zelotes, que teve como principal foco o grupo empresarial, gigante do setor siderúrgico com atuação em 14 países.
Em fevereiro, a PF deflagrou a 6ª fase da Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. O órgão funciona como uma espécie de tribunal administrativo ao qual as empresas recorrem de multas da Receita Federal.
A ação da Zelotes em fevereiro cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva (quando a pessoa presta depoimento na delegacia e depois é liberada).
Um dos conduzidos coercitivamente foi André Gerdau, que, além de diretor-presidente, é presidente do comitê executivo da Gerdau. Ele foi indiciado especificamente pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro .
Além de Gerdau, a PF também indiciou o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva e o advogado e integrante do Conselho de Administração da Gerdau , Expedito Luz. Os outros 16 são diretores da empresa, advogados e conselheiros e ex-conselheiros do Carf.
Os nomes dos indiciados não foram oficialmente divulgados. Procurada, a assessoria da PF explicou que não revelaria os alvos de indiciamento seguindo uma norma interna de proteger as investigações.
A Polícia Federal informou, porém, que foram indiciados conselheiros e ex-conselheiros do Carf, além de advogados e membros da diretoria da Gerdau.
A Gerdau informou por meio de nota divulgada no final da tarde que não teve acesso ao relatório final da Polícia Federal sobre o caso e manifestou "imensa surpresa e repúdio" com o indiciamento de André Gerdau e diretores da empresa